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Foto do escritorJulius Rodriguez

Oneomania! De repente você tem e nem sabe.

Atualizado: 6 de mar. de 2023

Carências nos levam a consumir. Não falo somente de carência representada pela necessidade, por exemplo, de se alimentar, algo vital para a manutenção da vida, mas a carência mais intrínseca de cada indivíduo. Se estou com fome, necessito comer algo, mas também posso ter o desejo de comer algo específico. Talvez um nhoque a bolonhesa. Mas se o desejo motivado pela carência for numa dimensão mais intrínseca, eu posso pensar: tenho fome, quero comer aquele nhoque do restaurante X. Isto vai muito mais além do que a necessidade em si, algo tão bem explicado por Maslow.


O mesmo vale pra carros, perfumes, roupas, calçados, acessórios. viagens, festas, eventos, etc. Você pode não ser um atleta e não precisar de um tênis específico de corrida que custa na casa dos

R$900,00, mas ainda assim investe num porque, além do design, das cores, é da Nike (ou Adidas ou Mizuno ou whatever). E por gostar tanto, "precisa" comprar mais de um. E bolsas? Quantas bolsas uma mulher precisa ter?


A partir do momento que você se deixa levar pela excessiva paixão por um determinado produto, ou marca, ou evento, situação, serviço, ao ponto de comprometer o seu bem-estar com um consumo exagerado, você pode ser portador(a) de uma psicopatologia chamada oneomania.


Falo aqui de um impulso exagerado, praticamente doentio, de comprar aquilo que você não precisa em grande quantidade e repetidas vezes. Muitas das vezes o consumo compulsivo está associado à carências afetivas construídas na infância de cada pessoa, mas também podem ser desenvolvidas ao longo da vida. Falamos de consumo de coisas, pessoas, serviços, marcas e que podem desencadear diversos outros problemas de consumo que levam ao desenvolvimento de um certo grau de dependência.

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