Em ano de Copa, era certa a preocupação de ter no corpo a camisa que representasse a seleção brasileira de futebol. Todos vestidos compondo nas ruas aquele mar de gente vibrando na torcida para conquistar um novo título. Com o tempo, a camisa ganhou um novo sentido, de uma outra brasilidade, com um viés político-partidário ideológico (embora estes que a usem insistam em romper com vieses ideológicos contrários aos seus - sinal de ambiguidade).
Enfim, o sentimento de vibrar e torcer na paixão nacional pelo futebol no maior evento esportivo do mundo, que movimenta milhões, é mantido, mas para fugir desta perspectiva, as marcas Nike e Ambev investem em mudar este ponto, para não serem associadas numa onda política polarizada no país. Ainda mais sendo este ano de Copa e de eleição presidencial.
Hoje, quem veste a camisa verde e amarelo, por mais que não seja o modelo da CBF, imediatamente pode ser associado à campanha política, à uma ideologia, a um sentimento que não é o mesmo do que deveria estar no futebol: amor ao esporte e o orgulho de ser o país com mais títulos no mundo.
Decisão errada das marcas? Na minha opinião, não. De início, achei estranha a nova camisa, mas ao olhar os detalhes, especialmente nas mangas, gostei. Ali está um sentido forte de brasilidade, com a representação das marcas de uma onça pintada, um verdadeiro símbolo nacional de resistência e sobrevivência, ainda com um verde que, claro, remete à nossa rica natureza. Ah, e claro, o amarelo ali presente. Gostei desta inovação.
Comments