Esta é uma pergunta emblemática nas minhas rodas de conversa sobre consumo e felicidade e se você não conhece o filme "Delírios de consumo de Becky Bloom", não vai entender do que estou falando.
Becky é a típica personagem da pós-modernidade. Aquela pessoa que tem tudo disponível na mão para consumir, especialmente as facilidades como ter vários cartões de crédito para "facilitar" sua vida. No entanto, isto traz diversas complicações como alto grau de endividamento e até dificuldades em relacionamentos, não só amorosos, mas sociais. Ela vive em função de satisfazer suas carências com consumo. Ela tem vários gatilhos e sua necessidade de sentir-se plena revela muitos problemas psicológicos. Você conhece alguém assim? Eu conheço!
Tenho amigos que somente se sentem felizes, plenos, quando consomem e precisam sentir que estão pagando caro ou consumindo determinadas marcas. É uma necessidade de expressar para si mesmo e para outras pessoas, e quando falo em expressar, falo em comunicar. Consumo representa isso, mesmo que não percebamos. Consumir marcas está na essência desta expressão.
Lembro que, numa roda de amigos, um deles fez questão de ostentar que seu terno falava italiano, numa alusão à Giorgio Armani. Assim como uma amiga fez questão de dizer que trouxe para seu filho uma peça original da Abercrombie Fitch. Que gatilhos temos todos nós sobre certas necessidades de consumo e expressão? Que problemas temos nós nesta (des)ordem?
E aí, você tem uma echarpe verde na sua vida?
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